Sobre a liderança
Num texto publicado pelo Notre Europe, «L’Allemagne et l’Europe : nouvelle donne ou déjà vu?», Ulrike Guérot aborda algumas questões importantes relacionadas com o futuro da União Europeia, tendo em conta a presidência alemã da UE.
Começa por analisar a evolução da Alemanha na UE, destacando a sua dupla orientação, por um lado pró-europeia e, por outro, pró-transatlântica, sem que isso a fizesse perder o entusiasmo pela integração. Adiante apresenta os objectivos da presidência alemã, dividindo-os em três fases: o debate da agenda de Lisboa e da questão energética, as comemorações do 50º aniversário da assinatura dos Tratados de Roma e o debate sobre o futuro da Constituição. Por fim, apresenta algumas ideias sobre o eixo franco-alemão, e aqui reside, a meu ver, uma reflexão importante. Apesar de todas as diferenças existentes entre a França e a Alemanha (Ulrike refere por exemplo as concepções opostas quanto ao Estado e à política económica) foi possível construir ali o motor da integração europeia e contribuir para a sua evolução. O não francês ao Tratado Constitucional, entre outros factores, veio fragilizar a relação entre a França e a Alemanha, porém nenhum outro eixo foi criado para colmatar a paragem daquele motor.
Será que é possível reavivar o eixo franco-alemão? Ou pelo contrário, o motor da construção europeia deve estar em cada um dos Estados que a formam?
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