Alguns impasses
A semana que passou terminou com a Cimeira de Helsínquia, entre a UE e a Rússia, e começou sem o acordo entre a Turquia e o Chipre, o que continuará a ter implicações negativas nas negociações de adesão da Turquia. A relação da União Europeia com as fronteiras mais a Leste é, sem dúvida, um duplo desafio, em que o objectivo é criar uma zona de estabilidade que previna conflitos futuros.
Na ordem de trabalhos da Cimeira com a Rússia constava o novo acordo de parceria com a UE, a questão do mercado energético, dos direitos humanos, e os temas do Irão e da Geórgia. Pouco de decidiu. A Polónia veta qualquer acordo até a Rússia levantar o embargo aos produtos alimentares polacos. Quanto ao mercado energético, a Rússia quer mantê-lo fechado. As sanções ao Irão continuam a ser bloqueadas por Moscovo. E depois, faz-se pressão para que se cumpram os direitos humanos, e a Rússia permanecerá intransigente.
No encontro entre a UE e a Turquia discutiu-se a questão de Chipre (Kirsty Huges), mas também já era claro que Ancara não iria ceder. Dias antes do encontro, a Turquia já tinha anunciado que não iria cumprir qualquer prazo que estabelecesse a abertura dos seus portos e aeroportos aos cipriotas gregos. Impasse que decorre também da atitude irónica resultante do referendo realizado em 2004, quando se perguntava se seria aceite o modelo suíço para o Chipre, os cipriotas gregos disseram que não, e foram aceites na UE, os cipriotas turcos, disseram que sim, mas foi-lhes recusada a adesão. Se a entrada do Chipre na UE e o início das negociações com a Turquia pareciam poder acelerar a resolução da questão do Chipre, tal não aconteceu.
Ambos os encontros se traduziram em poucas conclusões. Charles Grant, do Centre for European Reform, num artigo publicado recentemente, afirmava que existem algumas semelhanças entre a Rússia e a Turquia, a começar pelos difíceis assuntos que têm para lidar – os turcos a questão do Chipre (entre outras), os russos a energia. A diferença reside no facto de Moscovo não ter intenções de entrar na UE, ao contrário de Ancara. Mas qual das duas estará a ter a atitude mais acertada?
Na ordem de trabalhos da Cimeira com a Rússia constava o novo acordo de parceria com a UE, a questão do mercado energético, dos direitos humanos, e os temas do Irão e da Geórgia. Pouco de decidiu. A Polónia veta qualquer acordo até a Rússia levantar o embargo aos produtos alimentares polacos. Quanto ao mercado energético, a Rússia quer mantê-lo fechado. As sanções ao Irão continuam a ser bloqueadas por Moscovo. E depois, faz-se pressão para que se cumpram os direitos humanos, e a Rússia permanecerá intransigente.
No encontro entre a UE e a Turquia discutiu-se a questão de Chipre (Kirsty Huges), mas também já era claro que Ancara não iria ceder. Dias antes do encontro, a Turquia já tinha anunciado que não iria cumprir qualquer prazo que estabelecesse a abertura dos seus portos e aeroportos aos cipriotas gregos. Impasse que decorre também da atitude irónica resultante do referendo realizado em 2004, quando se perguntava se seria aceite o modelo suíço para o Chipre, os cipriotas gregos disseram que não, e foram aceites na UE, os cipriotas turcos, disseram que sim, mas foi-lhes recusada a adesão. Se a entrada do Chipre na UE e o início das negociações com a Turquia pareciam poder acelerar a resolução da questão do Chipre, tal não aconteceu.
Ambos os encontros se traduziram em poucas conclusões. Charles Grant, do Centre for European Reform, num artigo publicado recentemente, afirmava que existem algumas semelhanças entre a Rússia e a Turquia, a começar pelos difíceis assuntos que têm para lidar – os turcos a questão do Chipre (entre outras), os russos a energia. A diferença reside no facto de Moscovo não ter intenções de entrar na UE, ao contrário de Ancara. Mas qual das duas estará a ter a atitude mais acertada?
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